domingo, janeiro 29, 2006

N38 49 29.8 W9 17 34.4

N38 49 29.8 W9 17 34.4 são estas a coordenadas da minha casa, no concelho de Sintra. É muito improvável, quase impossível, assistir à queda de neve por estas bandas. Hoje aconteceu; condicionou, mas não impediu o meu treino!

A participação no Grande Prémio do Fim da Europa, agendada para hoje, estava praticamente posta de lado. A lesão que me apoquenta, a manhã de chuva abundante e o muito frio que se fazia sentir, confirmaram essa situação. Ficava assim reservado um treino para a tarde, de 2h15, com variações no ritmo de corrida.



A neve caía com abundância quando decidi sair de casa. A teoria das camadas prevaleceu na escolha do equipamento: uma camisola interior térmica, um forro polar, um casaco de windtex e um impermeável a fechar. Nas mãos, a combinação do Polartec e do Windtex com 2 pares de luvas, as perninhas protegidas pela lycra de Inverno da Nike e um gorro na carola, adereço que nunca utilizo.


Iniciei a corrida enfrentando o gélido vento Norte que baixava ainda mais a temperatura... Estive quase a fazer meia volta ao fim de 2 Kms, mas decidi fazer, pelo menos uma volta ao circuito; são 6 Kms entre ida e volta. Em boa hora. A neve parou de cair deixando de me molhar e gelar a cara. Acabei por fazer cerca de 1h45, menos 30' do que o previsto, e com as intensidades possíveis, que me permitissem correr sem despoletar a irritante dor na coxa.

Acabei satisfeito, com uma sessão de estiramentos, abdominais e dorsais seguidos de um reconfortante banho quente.

Não menos reconfortante foi o lanche que se seguiu: chocolate, bem quente, a acompanhar umas pipocas "home made", na companhia do Gonçalo e da Beatriz.

Foi assim cumprida a semana 4 de 14; a semana onde a neve regressou e na qual o frio intenso tem criado dificuldades acrescidas de quem, como eu, corre todos os dias com um objectivo na mente!

sábado, janeiro 28, 2006

Cicloterapia

8h30' de BTT, 70Kms e 2400m de desnível positivo acumulado... Nem assim a contractura se refreou e desapareceu. A lesão condicionou-me bastante o treino da terceira semana. Era uma semana de regeneração e, por isso, tal nem foi muito grave. Aproveitei e no Sábado fiz uma aeróbico longuíssimo, as tais 8h30 de BTT, a ritmo calmo, nos trilhos perdidos dos concelhos de Proença-a-Nova e Sertã, com os meus amigos destas lides.

Uma pernoita na incontornável Estalagem das Amoras e o jantar no fantástico Famado, em Vale de Ursa, constituem também, per si, autênticas terapias de alma.

Mas nem com esta sessão de cicloterapia melhorei. A quarta semana foi também condicionada por esta "mordidela", que se instala na região posterior da coxa, quando a velocidade sobe um pouco mais. Mesmo "empurrando" a sessão de séries para o final da semana não a consegui cumprir. Apenas realizei 4 das 6 séries de 1200m previstas e, mesmo assim, de forma um pouco mais lenta que o meu objectivo, devido à dor instalada.

Desisti também da ideia de me deslocar a Viana do Castelo, à meia-maratona local e pus de parte a alternativa que era o Grande Prémio do Fim da Europa em Sintra. Trocarei estes momentos competitivos, de teste, por um treino longo com 2h15 de duração. Assim a "vareta" aguente!!!

Começo a ficar apreensivo. Será que esta "coisa" irá comprometer a minha participação em Paris?

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Sai uma lesão!


Pois é... A primeira lesão da preparação surgiu na passada segunda-feira, quando fazia umas rectas. Tenho procurado cumprir o meu planeamento de forma rigorosa. Contudo, esta vida de atleta amador tem, obviamente, outras prioridades. Por isso, já por algumas vezes troquei a ordem às unidades de treino, aproximando assim duas tarefas de alguma exigência física. Foi isso que aconteceu no passado fim-de-semana, e que provavelmente, com a ajuda do frio que se fazia sentir, me causou uma contractura na região posterior da coxa, lá para os lados do bicípede femural. O treino acabou logo por ali, vendo-me obrigado a regressar ao carro a passo.

Mas as dores piores ficaram mesmo reservadas para o tratamento... Livra! Duas passagens pelas mãos do massagista equivaleram a dois trabalhos de parto pela barriga da perna... Aquilo doeu mesmo!
Mas as melhoras foram significativas e amanhã conto poder já voltar às lides após um dia de descanso absoluto e de outro onde apenas nadei, limitado a tarefas de braços.

De facto as lesões são das coisas mais desagradáveis do Desporto e podem ser prevenidas com cuidado. A flexibilidade, o aquecimento e a adequada prescrição do treino são os segredos para nos mantermos afastados delas.

sábado, janeiro 14, 2006

Semana 2 de 14... ainda na boa!

Conclui ontem a minha segunda semana das catorze de preparação inicialmente previstas. Para ontem estava reservado um longo, com 1h50', que realizei sempre debaixo de chuva intensa. Como a protecção adiposa se reduziu já, desde o início da preparação, o frio foi o meu principal inimigo. Também o facto de não ter levado água, nem tão pouco uma saqueta de gel tornaram a parte final um pouco mais penosa.

Continuo a sentir-me bastante bem e a conseguir cumprir o planeamento sem grandes dificuldades. Contudo, estou certo que, a curto prazo, as dificuldades irão começar e esta sensação passará a ser, apenas, uma recordação!

Nestas duas semanas as tarefas incidiram essencialmente no desenvolvimento da resistência de base, do limiar anaeróbio e da velocidade. A maior dificuldade que senti foi no encaixar a velocidade adequada para as séries que realizei. Isto talvez devido a alguma inexperência minha em determinado tipo de andamentos; as primeiras duas repetições acabavam sempre por ser demasiado rápidas, tendo de ajustar a velocidade para as restantes.

Este tipo de trabalho desenvolve-se com maior rigor, facilidade e segurança na pista. Assim, tenho-me dividido pela pista sintética azul do Belenenses e pelo tartan vermelho do Estádio Nacional. O trabalho na pista é algo que me agrada bastante, pois desafia-nos constantemente a entrar em intensidades superiores àquelas em que habitualmente trabalhamos. Dessa forma, o treino assume alguma variedade, tornando-se menos monótono e mais fácil de concretizar. Então se tivermos companhia com os mesmo objectivos, a coisa fica ainda mais facilitada.

O trabalho sai ainda facilitado pela tecnologia. A utilização do Polar 625X é um contributo precioso para o controlo do treino e para a sua análise posterior. De facto este modelo é uma opção bastante interessante, pois não só permite controlar parâmetros cardíacos e de velocidade durante a corrida, como possui interfaces para utilização com a bicicleta, determinado velocidade, cadência e potência. E como se tudo isto fosse pouco, comunica com um telemóvel da Nokia e com o computador através da porta infra-vermelhos.


domingo, janeiro 08, 2006

E como estamos em época de sondagens...

Não deixem de participar nesta: http://snappoll.com/poll/60518

domingo, janeiro 01, 2006

S. Silvestre da Amadora - acabar o ano com mais uma clássica!

2005 parece ter sido o ano de todas as clássicas. Depois de ter corrido em Almeirim, Nazaré e Lisboa foi a vez de fazer a S. Silvestre da Amadora, na sua 31ª Edição. Nunca antes havia feito uma S. Silvestre.Esta tinha a aliciante particularidade de se disputar horas antes da passagem de ano e com a dos Olivais esgotada, a escolha foi fácil.

Com alguns atletas do pelotão nacional do Triatlo à partida e outras tantas vedetas do meio-fundo nacional, a prova disputou-se nas ruas da cidade da Amadora, apinhadas de público e sob chuva fraca. A temperatura, apesar de se tratar de uma noite de Inverno, permitiu-me a utilização de calções e top! Gostei também do ambiente festivo que o público deu à corrida, indiciador de que a festa de passagem de ano estava próxima!

A zona de partida estava instalada na Venda Nova. Os primeiros 2 Kms subiam até à Falagueira, para depois continuarmos, descendo junto à Escola Superior de Teatro e Cinema e daí para a zona do Lido, às portas de Queluz. Nova subida, na direcção da Academia Militar, passagem junto ao edifício da Câmara Municipal e depois, sempre a descer, de forma suave, para o local de partida.

No final fica o meu melhor registo de sempre na distância (10.000m); 36'22" que correspondem a uma corrida efectuada a 3'38"; um bom registo atendendo à selectividade do percurso e que me permitiu chegar no 74º lugar.

Estou a 14 semanas do objectivo Paris. Tempo para tratar de melhorar a velocidade e fazer subir o limiar anaeróbio. Agora sim, vamos começar a dar no osso!

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